URGENTE: Atas da eleição venezuelana são divulgadas e confirmam a derrota de Maduro.
- Wellison Veloso
- 4 de out. de 2024
- 2 min de leitura
O Centro Carter, uma organização independente que promove a democracia em todo o mundo e atuou como observador internacional das eleições presidenciais da Venezuela, apresentou nesta quarta-feira (2), à Organização dos Estados Americanos (OEA) as atas das eleições venezuelanas.
Os documentos apresentados pelo Centro Carter mostram que Edmundo González venceu com 67% dos votos, enquanto Maduro obteve apenas 31%.
"0 sistema eletrônico de votação funcionou", disse Jennie Lincoln, especialista do Centro
que liderou a missão de observação composta por 17 pessoas
O Centro Carter e uma pequena delegação da Organização das Nações Unidas (ONU)oram os únicos especialistas eleitorais independentes autorizados pelo governo de Maduro a observar as eleições
O Centro Carter recebeu recentemente as atas por meio de correio internacional, mas não esclareceu quem as enviou ou como foram obtidas.
O CNE proclamou Maduro presidente eleito para um terceiro mandato de seis anos, o que foi ratificado pelo Tribunal Supremo de Justiça. Ambos os órgãos são alinhados ao governo. Até o momento, o CNE não apresentou as atas oficiais, apesar das demandas da comunidade internacional.
A oposição declarou que seu candidato, o ex-diplomata Edmundo González, venceu deforma contundente as eleições. No início de setembro, González exilou-se na Espanha, onde solicitou asilo diplomático.
A sessão da OEA foi convocada a pedido da Argentina, Costa Rica, Panamá, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Peru, República Dominicana e Equador.
Na Venezuela, os eleitores votam num equipamento eletrônico, semelhante ao brasileiro.
Diferentemente do Brasil, entretanto, no sistema venezuelano há um voto que é impresso e depois depositado pelo próprio eleitor em uma urna física (que fica lacrada ao lado no local).
Cada urna eletrônica imprime também, ao final da votação, a ata eleitoral que apresenta o resultado (quantos votos cada candidato recebeu naquele equipamento) e a contabilização de brancos, nulos e abstenções.
Os boletins de urnas são enviados eletronicamente ao CNE, uma transmissão feita por meio de uma rede criptografada e não pela internet.
Cópias do documento, impressas pela máquina, são entregues aos representantes de cada partido venezuelano que estejam no local da votação.
A oposição conseguiu ter acesso a mais de 70 por cento dessas atas, o que foi suficiente para demonstrar a vitória esmagadora de Edmundo González sobre o ditador Nicolás Maduro.
Na semana passada, a organização internacional Central Carter confirmou a vitória da oposição.
A organização disse que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) não agiu de maneira independente durante o pleito.
O posicionamento do Centro Carter diverge dos números oficiais divulgados pelo órgão eleitoral venezuelano, que deu a vitória a Maduro com 51,95% dos votos.
A organização afirma ter utilizado dados coletados das atas eleitorais e amostras devotação para constatar o resultado, mas não divulgou a proporção da suposta vitória do opositor do regime chavista.
Depois do pleito realizado em 28 de julho, a organização internacional retirou seus funcionários da Venezuela por motivos de "segurança". O relatório final da organização ainda está pendente, mas suas declarações preliminares já causaram reações do regime de Maduro, que acusou a organização de parcialidade.
O Centro Carter também diz ter identificado várias irregularidades, como o abuso de recursos estatais a favor de Maduro e restrições ao registro de eleitores. A atuação do CNE também foi questionada, assim como o uso de propaganda governamental na campanha.











